Estamos no mês de
setembro, que para a Igreja é o mês da Bíblia,
o Livro Sagrado que Deus envia para todos nós. Em todas as leituras da liturgia
desse domingo encontramos o tema sobre a correção fraterna. A Palavra de Deus
nos ensina que somos responsáveis uns pelos outros. Você pode conferir em Ez
33,7-9; Rm 13,8-10 e em Mt 18,15-20. Devemos ser um suporte para os fracos, indecisos,
apáticos na fé e no seguimento de Jesus.
Não é toda pessoa que
tem coragem de advertir alguém que está errado. É bem mais fácil condenar, humilhar,
fofocar ou simplesmente ser indiferente. Mas a Palavra nos aponta para a
responsabilidade que devemos ter para com os nossos irmãos. Deus nos pedirá
contas a respeito da nossa indiferença acerca da má conduta do nosso irmão.
O evangelho de hoje
nos ensina que, se nosso esforço pessoal para ajudar o nosso irmão for
insuficiente, devemos buscar mediadores, como duas ou mais testemunhas, ou a
Igreja. Temos que esgotar todos os esforços na tentativa de corrigir o irmão e
reconduzi-lo ao caminho certo.
Referindo-se a esse
tema, Santo Agostinho nos fala que, se soubermos que o nosso irmão tem uma
doença perigosa, capaz de levá-lo à morte, e se nós, conscientes do perigo, não
o ajudamos a tratá-la, e ele chegar a morrer em consequência da enfermidade,
nós seremos culpados pela sua morte.
Um dos pecados mais
graves, que nós cotidianamente cometemos, é o pecado da omissão. Muitas vezes
deixamos de corrigir alguém por medo de sermos tachados de intrometidos e bisbilhoteiros.
Por isso nos comportamos como Pilatos, que simplesmente lavou as mãos e não
quis ser comprometer com a justiça que salvaria um inocente, Jesus de Nazaré.
O Salmo 94,
proclamado hoje, nos alerta para que o nosso coração não se endureça diante das
exigências da missão e do grito dos nossos irmãos, que por causa das suas más
escolhas, se afastaram da comunidade e do coração de Deus.
Um
abençoado domingo para todos!
Pe. Izaías
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