“Pois os
meus pensamentos não são os vossos pensamentos” (Is 55,8).
As leituras de hoje nos alertam a
não reduzirmos Deus aos nossos critérios meramente humanos. Muitas vezes nós
não o compreendemos porque invertemos a lógica da oração do Pai Nosso. Queremos
que ele faça a nossa vontade e não nós a dele. É necessária uma profunda
reflexão a respeito da nossa obediência, como o próprio Jesus fez. Ele não
mudou de caminho, nem de rumo, mas aceitou a vontade de seu pai. Foi obediente
até o fim.
Hoje a liturgia nos apresenta a
passagem de Mt 20,1-16. Deus nos trata com gratuidade, independente do que
temos ou podemos produzir. Não nos julga conforme a lei do mercado, mas
conforme o seu coração e sua justiça, porque o seu pensamento não é como o
nosso pensamento. Não é conforme os critérios humanos que Deus age em favor da
humanidade. Em geral nós exigimos ser recompensados por nossas ações. E quando
não o somos, até achamos Deus injusto e o questionamos: “por que Deus não
atende as minhas preces? Sou tão dedicado, tenho tanta fé! Mas ele não age
conforme as nossas conveniências. Ele é movido pelo amor, porque ele é amor, e
dá a cada um conforme a necessidade e a capacidade de administrar. E pensando
bem, nós não merecemos nada do que Deus nos dá. Ele dá por gratuidade. O que
temos é puro dom. Por isso, no Reino de Deus os últimos serão os primeiros e os
primeiros serão os últimos. Ele inverte a lógica humana e atua conforme o seu
coração.
Um abençoado domingo a todos!
Pe. Izaías
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