O evangelho desse 34º
domingo do tempo comum, festa do Cristo Rei, nos exorta a identificar no rosto dos necessitados, o rosto de Jesus Cristo.
Lembro-me de uma pequena história que nos ajudará a fazer a reflexão. Conta-se
que uma senhora muito rica e religiosa tinha uma vontade imensa de oferecer uma
refeição a Jesus. Um dia estando em oração, na sua capela particular, pediu a
Jesus que fosse jantar em sua casa. Jesus confirmou sua presença. Chegou o dia,
mas Jesus foi até à residência da mulher disfarçado de mendigo. Chegando à casa
da senhora, tocou a campainha. Quando a mulher abriu a porta e viu à sua frente
um mendigo, imediatamente bateu-lhe a porta decepcionada. Foi reclamar de Jesus
que havia falhado no compromisso. Jesus lhe respondeu: “Eu não lhe decepcionei,
pois fui até a sua casa no horário marcado. Aquele mendigo que você não acolheu
era eu.”
Jesus, o grande rei,
virá, para julgar a humanidade. Não julgará conforme a pertença a uma ou a
outra religião, a uma determinação Igreja ou grupo religioso, e nem tampouco ao
cumprimento de normas ou costumes, mas de acordo com a experiência da lei do
amor às pessoas sofridas e excluídas: pobres, doentes, prisioneiras, famintas,
maltratadas e abandonadas. São esses os preferidos de Deus. De acordo com o
evangelho, tudo o que fizermos de bom a essas pessoas, é ao próprio Jesus que
estamos fazendo. Assim sendo, ganharemos créditos com ele. Por outro lado, se
formos omissos diante dos sofrimentos dos irmãos, é a Jesus que estamos abandonando,
e consequentemente, comprometendo a nossa própria salvação.
No julgamento final,
Jesus não nos perguntará o que fizemos de fantástico, não se importará sobre os
nossos rituais cerimoniosos e nossas bonitas e longas orações. Simplesmente nos
julgará pelo bem que fizermos ou deixarmos de fazer.
Deus se apresenta
como nosso Pastor. Ele mesmo cuidará das ovelhas, principalmente daquelas que
se apresentam mais fragilizadas. Ele é o governador justo, que intervém na vida
do ser humano e zela pela integridade de cada um. Garante comida, saúde e paz
para todos. É o pastor que busca a ovelha que está desgarrada e orienta aquela
que está sem rumo, trazendo-a para junto de si.
Terminamos essa
reflexão com os seguintes questionamentos:
Em quem depositamos nossas esperanças
hoje? Existem pessoas desgarradas e sem rumo na nossa comunidade? O que
estamos fazendo para zelar pela vida dos irmãos que mais sofrem?
Um
abençoado domingo a todos!
Pe.Izaias